terça-feira, 27 de novembro de 2012

Empadão de Pombo Bravo com cogumelos e tomilho fresco

Aqui por casa aparece muitas vezes carne de caça. É um ingrediente que deve ter alguns cuidados pois tem um sabor mais forte e os chumbos podem facilmente levar a uma ida ao dentista... mas vale bem a pena!

Um estudo científico feito pelo Professor Pierre-Henri Ducluzeau (nutriconista-diabetologista) da Universidade de Angers concluiu que esta carne é a melhor, mesmo quando comparada com o peixe em termos de quantidade de fósforo. É o melhor alimento enquanto fonte de ferro, de potássio e possui menos gordura do que um iogurte natural.

COMO PREPARAR
'A carne de caça tem um aroma intenso, as pessoas julgam, por vezes, que apodreceu, e tem também um sabor intenso.' As carnes de caça têm um sabor inusitado e por isso recomendam-se temperos marcantes: ervas como o zimbro ou o alecrim. 'A carne de caça tem um sabor muito específico e deve, em minha opinião, ser marinada, para quem não gosta de sabor muito agressivo e selvagem. Há pessoas que comem directo, como o meu pai, com os bifes ou veado e assim.' Nunca se deve marinar a carne em recipientes de metal, sobretudo alumínio porque pode alterar o sabor do animal. 'Não temos grande tradição culinária de confecção do veado, mas vamos tendo no javali e temos muita tradição no coelho, na lebre, na perdiz, é algo muito antigo em Portugal e aí não há lições.'
Sugestões: a avestruz lembra o filet mignon e para marinar esta carne pode utilizar um Vinho do Porto na proporção de 100 ml de vinho para um quilo de carne. Para o coelho acrescente cascas de frutas cítricas como o limão ou as ervas fortes como o alecrim, tanto na hora de marinar como quando a levar ao lume.
 
MARINADA BÁSICA PARA CAÇA

Ingredientes: 1 raminho de alecrim; 6 dentes de alho; 2 cebolas; 2 cenouras; 4 folhas de louro; 12 grãos de pimenta preta; sal q.b.; 1 raminho de salsa; 1 raminho de tomilho; 1 litro de vinho tinto

Preparação: Corte os dentes de alho em lâminas finas e pique todas as ervas (menos as folhas de louro) e a cebola. Corte a cenoura descascada em rodelas finas. Misture todos os ingredientes com o vinho. Cubra o fundo de um recipiente com um pouco de molho e disponha as peças de carne limpas. Despeje o molho por cima, cubra com película aderente e reserve em lugar fresco pelo menos 24 horas antes de cozinhar.
 
 
A minha receita de Empadão de Pombo Bravo com cogumelos e tomilho fresco:
 
Ingredientes:
5 pombos bravos (os peitos);
2 folhas de louro;
1 cebola bem grande ou 2 médias picadas grosseiramente;
1 dl de azeite;
3 dentes de alho picados ou esmagados frescos;
2 caldos knorr de galinha;
1 raminho de tomilho fresco (também podem juntar rosmaninho/alecrim/hortelã da ribeira, etc.);
Vinho tinto q.b. (de boa qualidade, entre 500-750ml);
150 g de cogumelos frescos laminados.
 
Num tacho faz-se o refogado com o azeite, a cebola, o alho, o louro e os cubos de caldo Knorr.
Depois de a cebola estar bem translúcida e vidrada junta-se os peitos de pombo e deixa-se "selar" bem a carne a uma temperatura média-alta (no azeite). Quando o exterior estiver com aspeto dourado refresca-se com o vinho e junta-se o tomilho e o sal a gosto. Quando ferver baixa-se o lume para médio e deixa-se cozinhar cerca de 30-45m (eu gosto de deixar mais tempo para a carne ficar bem tenrinha, cerca de 1h). Se necessário acrescenta-se mais vinho e nunca água. Nos últimos 15m junta-se os cogumelos.
 
Serve-se com arroz branco ou outro acompanhamento do vosso agrado.
 
Contudo... como nada se pode desperdiçar e ainda havia bastante pombinho de molho (pois fizemos cerca de 8) fiz empadão com a carne restante:
 
Retiram-se as folhas de louro, e cobre-se o fundo de um pirex com a carne desfiada.
 
 
Tritura-se com a varinha mágica o molho restante, de modo a que se obtenha uma pasta grossa. É possível que se tenha que retirar algum do vinho senão fica muito aguado e depois o empadão fica "empapado".
 
 
Faz-se puré de batata, coloca-se por cima e pincela-se com ovo batido. Leva-se a gratinar a 180ºC, por cerca de 25-30m.
O resultado está à vista...
 
 
 
 
Ficou óptimo e foi feito a partir de sobras de uma outra refeição!
 
Nota: Não fiz a marinada que está acima descrita pois não tive tempo, mas aconselho vivamente a que se faça marinada para esta carne: ainda fica melhor!
 
 
 
 
 
 

Etiquetar e organizar

Para organizar as conservas podemos fazer etiquetas ou pesquisar um pouco pela internet para encontrar verdadeiras maravihas de design.


© Paper Crave
© Martha Stewart
© Merriment Design
© Domestifluff
Se são adeptos de realizar as vossas prendinhas (eu vou aderir a esta nova moda não só porque poupamos uns euros mas também porque oferecemos algo único, nascido da nossa criatividade e carinho por essa pessoa) esta é uma forma de embelezar as vossas compotas e conservas de oferta.
Mas não se limitem... usem-nas para o que vos apetecer, a vossa imaginação é o limite!

Conservas e compotas:
 
Clique aqui para download de etiquetas com estilo mais vintage ou aqui  ou ainda aqui (estas estão em inglês mas com a ajuda de um programa aproriado como o adobe ilustrator, o paint ou qualquer outro que permita alterar imagens pode modificá-las de acordo com as funções que lhes pretende dar). Aqui têm mais algumas possibilidades:

Etiquetas 1
Etiquetas 2
Etiquetas 3
Etiquetas 4
Etiquetas 5
Etiquetas 6
Etiquetas 7 e Etiquetas 8

Licores e vinhos e azeites aromatizados (garrafas):

Rótulo 1
Rótulo 2

Em ambos os rótulos se colocarem o cursor nos títulos vão verificar que podem alterar o nome que pretendem colocar no rótulo.

Nas etiquetas podem imprimir diretamente em papel autocolante e a sua utilização torna-se muito mais fácil.

Aqui encontram um conjunto de cartões de receitas (para organizarem as vossas delícias);

Aqui encontram um conjunto de calendários para vosso uso pessoal;

Aqui encontram um conjunto de etiquetas para embelezar as vossas prendas;

Aqui encontram um conjunto de etiquetas para embelezar as vossas prendas de Natal.

Se tiverem problemas porque o site está em inglês não hesitem em utilizar o tradutor do Google.

Ponham à prova a vossa criatividade e boas organizações!

domingo, 25 de novembro de 2012

Crepes de Legumes

Há uma iguaria nos restaurantes chineses que me levava sempre a voltar ...mas desde que aprendi a fazer estes crepes (fiz várias tentativas para chegar a esta receita do meu agrado) e passei a poupar imenso dinheiro!

Para cerca de 5 crepes:

Recheio:

3 cenouras raladas médias;
1 repolho médio cortado em juliana fina;
150g caixa de cogumelos frescos picados;
100 g de milho;
200 g de presunto picado;
100 g de fiambre picado;
1 cebola média picada;
2 dentes de alho picados finamente;
1 dl de azeite;
1 caldo Knorr de carne;
caril, pimenta e sal q. b.
Quaisquer outros legumes do seu agrado


Num tacho coloca-se o azeite , o alho, a cebola e o caldo Knorr e refoga-se bem. Junta-se a carne e deixa-se fritar um pouco. Adiciona-se  a cenoura e deixa-se refogar mais um pouco.




Juntam-se os restantes legumes todos de uma vez e nunca se pára de mexer até atingirem o ponto de cozedura "al dente". A temperatura a usar deve ser média- alta, pois é como quando se cozinha no wok: rápido e a temperatura elevada.



Massa dos crepes (eu faço em dobro para que sobrem crepes para comer com gelado e chocolate derretido.. eh eh ):

200 ml de leite;
100 g de farinha;
1 ovo;
Pitada de sal;

Coloca-se tudo no copo misturador e bate-se com a varinha mágica ou batedeira.
Com o auxílio de uma concha colocam-se doses de massa na crepeira ou numa frigideira larga e espalha-se a mesma com um "rodo" de madeira ou "rodando" a frigideira.

Aqui encontram um video que vos explica muito bem como fazer crepes. Utiliza uma receita diferente, mas a técnica da frigideira está bem explícita.

Algumas considerações:
  • Eu não pico os legumes finamente pois gosto de alguma textura crocante.
  • Pode adicionar-se qualquer tipo de carne (picada) que também fica muito bom. O bacon é exemplo disso.
  • Podem usar o molho agridoce e fica muito parecido com os crepes chineses, na minha versão. Eu sei que os crepes chineses são fritos, mas esta é a minha opção que considero mais  saudável: posso ter o prazer de comer algo muito parecido, sem as gordurinhas que se acumulam na anca e a azia que dá depois! Eu guardo-me para a sobremesa!
  • Depois de montarem os crepes podem cobrir com queijo (ao vosso agrado, eu uso mozzarela) e gratinar no forno ou derreter no microondas.
  • Não consegui tirar a foto final, mas prometo que atualizo este post!
Experimentem!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Licor de Morango

Nunca imaginei que fazer licor era tão fácil e podia ser tão recompensador. Julgava que era necessário um conjunto de fases e técnicas de decantação complexas e controladas, enfim... e afinal é a coisa mais simples que já fiz...
 
Este verão que passou, para variar, vieram da horta morangos maravilhosos (o marido já anda a preparar a colheita do próximo ano, dispondo novos pés de morango e renovando as reservas da terra) que nos fazem redescobrir o prazer de comer morangos.! Depois de comermos aqueles que não levam químicos, nem são colhidos antes de época descobrimos que o que andámos a comer até hoje era um fraco substituto para o dito cujo!
 
Assim, este ano fiz doce de morango (que já desapareceu), salada de fruta, morangos com chantilly e ... Licor de morango.
 
Para o ano vou experimentar fazer conserva de morango e depois conto-vos o resultado.
 
Licor de Morango:
 
500 g de morangos (lavados e sem pé)
500 ml de aguardente
500 ml de água
400 g de açúcar
 
Colocam-se os morangos com a aguardente, num frasco de boca larga. Deve ficar um pouco de espaço no frasco. Dia sim, dia não e durante 17 dias deve mexer/dar umas voltas ao conteúdo do frasco. Passado esse tempo coa-se o conteúdo do frasco para uma tigela. Leva-se ao lume o açúcar com a água e mexe-se em lume brando até se obter uma calda ligeira (o aquecimento é praticamente só para dissolver o açúcar) e junta-se ao conteúdo anterior. Deita-se em garrafinhas (eu gosto daquelas mais antigas com formato vintage, se possível) e deixa-se descansar cerca de 2 meses. 

Quanto mais tempo descansar melhor fica.

 
 
A aguardente também não podia ser outra coisa senão caseira. Veio da casa do sogro que recebeu de alguém prendado nestes afazeres.
 
Podem fazer de muitos tipos: canela, maçã, cereja, amora, bailey's, mirtilo, etc.
Tudo o que experimento é feito, preferivelmente, de frutos excedentes da horta, pois é biológico, o resultado é sempre melhor (chego a ficar muito surpreendida com diferença) e é uma forma de aproveitar.
Imaginem só o requinte de oferecer aos vossos amigos algo desta natureza, feito por vós! Um must eh eh! 
 
A aguardente também não podia ser outra coisa senão caseira. Veio da casa do sogro que recebeu de alguém prendado nestes afazeres.
 
O resultado só pode ser sublime... Experimentem!

domingo, 18 de novembro de 2012

Queques rechedos com Nutella

Ok... eu sei... para usar Nutella deve ser a preguiça a pesar... mas olhem que não! Até sou bastante avessa a estas coisas (mais processadas) mas os gelados do Mc Donald's e a Nutella são duas coisas pelas quais não consigo ter muito controle... quando fazemos crepes quentes em casa, então é que a Nutella não pode mesmo faltar!

A receita retirei daqui mas fiz apenas metade, pois cá em casa somos só dois (a pequenita ainda não come destas coisas) e meio quilo de açúcar, confesso, faz-me sentir demasiado culpada quando os comer!
Também fiz algumas alterações..

Queques de limão recheados com Nutella:

250g de açúcar (usei amarelo);
250g de farinha;
6 ovos;
150ml de leite;
150g de manteiga (derretida);
Raspa de 1 limão (grande) ou essência;
1 colher de chá de fermento em pó.

Bate-se o açúcar com a manteiga até se obter um creme leve e fofo. Sem parar de bater acrescenta-se um ovo de cada vez, a raspa de limão e o leite. Junta-se o fermento à farinha, peneira-se  e envolve-se na massa sem bater.
Derrete-se um pouco de manteiga e unta-se pequenas forminhas com a ajuda de um pincel.
Se preferir também pode usar papel vegetal para melhor desenformar e obter uma cozedura mais delicada. Se usar uma forma de silicone não necessita de realizar estes passos bastando colocar a massa diretamente na mesma.
Eu usei forminhas de papel em vez do papel vegetal (pois tinha à mão e queria experimentá-las).
 
E aqui está...
 
 
 
 
Aqui ficam aqueles que deixei ficar simples.
 


 Espero que gostem!



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Massa de alho

Aqui está uma coisa muito simples de fazer, é útil e poupa-nos tempo e dissabores (odeio aquele cheiro que fica nas mãos de cada vez que precisamos de descascar 1 ou 2 míseros alhos).

Basta comprar (no meu caso o meu marido semeou e muitos também vieram do Norte, da casa do meu sogro) uma boa quantidade de alho e descascá-los. Colocam-se na picadora com um fio de azeite e reduzem-se ao nosso gosto. Colocam-se num frasco previamente esterilizado de modo a encher todo o frasco (para a conservação esta questão é importante, pois menos espaço = menos ar, logo menor possibilidade de vir a estragar-se) e preenche-se o topo com azeite de modo a formar uma capa protetora.

Aqui fica:



E o mais importante: SEM CORANTES, NEM CONSERVANTES!

Experimentem!



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Calda de tomate..para que te quero!

No nosso palco gastronómico, o tomate é sem dúvida um ator que não pode faltar num sem número de receitas. Se isto é verdade, também o é que não pode faltar na despensa de qualquer pessoa que cozinhe.

Não sei como vocês fazem a organização e gestão da vossa economia doméstica mas dei por mim a concluir que um dos produtos que era uma constante na lista de compras (e nas contas...) era o tomate enlatado e a polpa de tomate.

Pior: eu desperdiçava uma grande parte, pois sou muito receosa de tudo o que tenha mais do que 2 ou 3 dias no frigorífico (coisas com leite, então nem se fala) e muitas vezes não usava a lata de tomate na totalidade ou abria um pacotinho de polpa de tomate só para usar uma ou duas colheres de sopa.

Foi assim que as minhas cunhadas me sugeriram o que elas já tinham experimentado: fazer a nossa própria calda de tomate. Pus-me a pensar e pesquisei um sem número de blogs de pessoas muito atentas ao desperdício e que também têm preocupações em poupar ou só por comer melhor.

Consultei o meu livro das conservas (o qual já mencionei aqui no blog) e falei com o meu marido para que providenciasse o tomate!
 
A função dele era semear, no terreno que temos, o dito cujo para que depois pudéssemos fazer as conservas. O comprado não tem comparação com aquele que produzimos que é muito mais doce e tenro. O de compra é rijo e não sabe a nada. Parece borracha!
 
Então, fizemos assim:
 
1º Pedimos ao dono de um café local que nos guarda-se as garrafinhas de compal. Retirámos os rótulos, lavámos e esterilizámos as garrafinhas.
 
2º Para fazer a calda existem duas possibilidades (uma fica mais versátil que a outra, pois pode-se utilizar de forma mais variada):
 
1ª calda:
 
Para 1kg de tomate (escaldado e pelado e aos pedaços);
1 cebola média picada;
4 dentes de alho inteiros;
1 folha de louro;
fio de azeite;
1 caldo knorr económico;
sal q.b.;
outras especiarias de que gostem
 
Faz-se um refogado com todos os ingredientes com a excepção do tomate e do sal. Quando a cebola estiver bem vidrada junta-se o tomate e deixa-se reduzir, em lume brando, até se obter um molho de tomate bem apuradinho. Retifica-se o sal e restantes temperos e tritura-se tudo com a varinha mágica. 
 
 
 
2ª calda:
Para 1kg de tomate (escaldado e pelado e aos pedaços);
4 dentes de alho inteiros;
1 folha de louro;
fio de azeite;
1 caldo knorr económico;
sal q.b.;
outras especiarias de que gostem.
 
Aquece-se o azeite com todos os ingredientes com excepção do tomate e do sal. Ao fim de 3-4 minutos retira-se o louro e o alho para fora e coloca-se o tomate. Deixa-se cozinhar apenas 15minutos em temperatura média e apaga-se. Tritura-se com a varinha mágica.
 
Após esterilizadas as garrafinhas, enchem-se e faz-se o processo de vácuo e ficam viradas para baixo de um dia para o outro. Considero que as garrafinhas compal são as mais indicadas pois a sua tampa tem aquele ponto ao centro que podemos verificar se ficou para baixo, pois é sinal de que a garrafa ficou em vácuo e que o processo funcionou.


Este é o resultado final (para o ano faço fotos de todo o processo.. ou quem sabe até um vídeo..).

Como podem ver existem duas tonalidades pois é uma de cada tipo de calda.

A 1ª calda (cor laranja) é um refogado autêntico que podem colocar no tacho para fazer uma bolonhesa ou em menor quantidade para um guisado, para uma pizza, etc. e a segunda (cor vermelha) é só tomate que não foi muito "trabalhado" e serve para adicionar em receitas em que apenas quero adicionar tomate. Esta última é mais versátil, mas convenhamos... com o pouco tempo que temos acabo por usar muito mais a 1ª calda.

Para o ano vou deixar algumas garrafinhas cujos pedaços de tomate ficam inteiros. Existem receitas em que gosto de sentir o tomate.

Fiz cerca de 50-60 garrafinhas para 1 ANO INTEIRO de uso. Se cada uma contar como uma lata de tomate enlatado, multipliquem e vejam só o que podem poupar, e comendo melhor.

Se não puderem produzir o tomate, hoje em dia todos os locais têm mercados semanais ou mensais. Procurem aquelas pessoas que não vos oferecem toda a parafernália de frutas e legumes e sim aqueles que têm poucos, mas cultivados por si mesmos, da época. Negoceiem 2/3 caixas a um preço mais em conta e vão em frente!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Armazenar castanhas

Se estamos na época dos frutos secos temos que aproveitar para guardar para o resto do ano. Um dia destes a minha irmã foi ao supermercado porque precisava de castanhas para um guisado. Comprou uma embalagem de 1kg de castanhas congeladas (em plena época da castanha e sabendo-se lá de quando seriam aquelas) e pagou a módica quantia de 5,98 €...

Ora, se estamos na época da castanha (e custa cerca de 3 eur) e se é assíduo ou costuma utilizar o dito fruto porque não comprar agora e guardar para depois. Não só o fruto é muito mais saboroso como é mais económico  e sabemos o que comemos.

Como temos familiares na zona da castanha (bem haja!) recebemos todos os anos uma boa quantidade dela de uma qualidade maravilhosa.

As pessoas ficam deslumbradas com a castanha grande e brilhante, mas essa não é, na minha opinião, a melhor. A pequenina é muito mais doce e quanto ao brilho não preciso dele para nada! Não o como...

Assámos uma parte, cozemos outra e escaldámos outra parte, para congelar e guardar.

Fizemos assim:

castanhas q.b.
água q.b.
sal (facultativo)

Começámos por dar um pequeno corte (não muito fundo para que a castanha não se parta quando for descascada) nas castanhas.



Num tacho, deita-se água (suficiente para cobrir as castanhas) e deixa-se ferver. Quando estiver a ferver deitam-se as castanhas e apaga-se o lume.



Pelam-se as castanhas aos poucos. Quanto mais quentes estiverem mais fácil se torna a tarefa.

Como não somos muito castanheiros na nossa alimentação não guardámos muitas. Deu cerca de 1 kg.




Também armazenei doce de castanha, e guardei castanha para fazer azevias de castanha... haja saúde para comer!

Salgados, Salgados e mais Salgados!

Faço salgados há bastante tempo e diz, quem provou, que são muito bons...

Faço de muitos tipos:

Rissóis de:
  • camarão;
  • camarão e delícias do mar;
  • camarão, delícias do mar e ameijôa;
  • vitela e porco;
  • vitela;
  • porco;
  • borrego;
  • presunto e queijo;
  • queijo e fiambre;
  • frango;
  • salsichas frescas e presunto;
  • alheira e espinafres;
  • pescada;
  • pescada e camarão;
  • leitão;
  • legumes;
  • outros que me são sugeridos por quem os vai comer...

Pastéis de bacalhau

Croquetes de carne (porco ou vitela)

Coxinhas de galinha

Empadas de frango

mini pizzas

e ainda:

Azevias:
  • castanha (de trás-os montes);
  • grão (com ou sem doce de gila);
  • batata doce (da vila de Aljezur, a melhor do país). 
Aqui fica um gostinho daquilo que faço:






 Em breve colocarei mais fotos, pois não tirei fotos das restantes iguarias...

Aqui estão algumas fotos da produção dos respetivos.. eh eh



 Se quiserem mais informações podem enviar um mail para virtudecaseira@gmail.com

Vá lá ... surpreendam os vossos amigos e familiares com um gostinho caseiro!




Castanhas, boa pinga, uma mantinha ...São Martinho

Pois é ... estamos na época do Outono e adoro entrar no mercado e sentir o cheiro da castanha assada, de ver as nozes, as romãs e os marmelos ... dá-me aquela nostalgia de quando era pequena e fazíamos a fogueira do São Martinho. No terreno onde cresci, fazíamos uma fogueira para comer muita castanha juntamente com os amigos da infância que havia no bairro. Éramos poucos (5) mas bons, éramos os cinco da vida airada e bem ... as traquinices que fazíamos... enfim... como dizia, sinto a nostalgia da época.
Claro está que não resisti a comprar uns marmelos para fazer uma boa quantidade de marmelada. As gamboas que plantámos no terreno ainda não contribuíram para o orçamento familiar mas há que ter paciência e aguardar pelo que é bom.

Faço a marmelada assim:

1 kg de Marmelos (depois de descascados deu 840g)
800 g de açúcar (eu uso amarelo, pois acho mais saudável)
90-100 ml de água (temp. ambiente)

Descascam-se os marmelos, retira-se o caroço e cortam-se em pedaços. Num tacho coloca-se o açúcar, a água e os marmelos cortados. Mistura-se tudo bem e deixa-se em lume brando até atingir o ponto de estrada.

E agora perguntam vocês: mas afinal que raio é o ponto estrada! Nunca consigo perceber e acaba sempre por estragar! Pois bem, se não se querem enganar mais nos "pontos" basta comprarem um pesa xaropes (que é uma espécie de termómetro para culinária) e quando atingir os cerca de 110ºC deverá estar pronto (eu faço a olho porque gosto dos doces e compotas mais liquídos). Se quiserem saber mais aqui tem muita informação sobre o assunto.

A forma tradicional de testar o ponto é colocando um pouco do doce num prato e fazer uma "estrada" com a colher. Se o doce não se unir então está no ponto.


Aqui fica o aspeto da marmelada no início da cozedura.


Et voilá
o resultado final:


Para finalizar e para conservar melhor deve cortar-se discos em papel vegetal do tamanho da nossa embalagem de marmelada, embeber em aguardente e colocar por cima da mesma.

Só fiz três embalagens pois tenho bastante compota, doces e geleia, já armazenados.

Ao longo do ano, e na época dos respetivos frutos, conto partilhar convosco  posts daquilo que estou a armazenar e a aproveitar.

Acerca desta matéria recomendo o livro:


Aqui encontram não só receitas para fazer doces e compotas mas também como conservar frutos em calda, branquear legumes e conservá-los, defumar carnes, fazer chutney's, etc.

É um autêntico manual para conservar alimentos e um verdadeiro tesouro para quem pretende aproveitar os alimentos de época para poupar e comer melhor.

Não nos esqueça-mos que:

  • conservamos um legume de época, logo mais barato e saboroso;
  • fazêmo-lo nós, logo sabemos o que levou (sem corantes, nem conservantes) e torna-se mais barato;
           e
  • agradamos a amigos e familiares pois todos se deliciam com algo único!
Experimentem!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A crise...

Pois é.. é um dos temas mais discutidos e opinados por aí  e também um dos mais esgotados.
Há quem a encare como um novo começo, uma oportunidade para melhorar e empreender; há quem tenha perdido o emprego, o pouco que tinha  e... a vontade de viver. Há quem diga que veio para ficar por décadas e sobrevive à espera que passe, e há quem diga que temos que ser optimistas e andar para a frente independentemente dela.
Eu sou daquelas que encaro a vida de frente e vou à luta, mas reconheço que a maneira como olhamos para a vida e as oportunidades que criamos tem muito que ver com a maneira com que fomos educados e com as experiências que moldaram a personalidade da pessoa que somos hoje... Não podemos esperar que alguém que nunca necessitou de prover, pelos seus próprios meios, as suas necessidades, de repente o consiga fazer e, mais ainda, em tempos especialmente difíceis. 
Mas sendo esta a nossa realidade porque não voltarmos às nossas raízes? Porque não falarmos com todas aquelas pessoas queridas (especialmente as mais antigas e, por isso, mais sábias e experientes) sobre como faziam noutros tempos para realizarem as mesmas tarefas que fazemos hoje? Para gerarem mais riqueza na economia doméstica de modo a multiplicarem o orçamento familiar?
Sempre tive gosto pela virtude inerente ao que é tradicional. Genuíno no sabor e no conforto que oferece à alma. Foi isto que motivou uma vontade, depois uma conversa, várias pesquisas, muitas experiências e bons resultados!  Espero que vos sirva de inspiração para se divertirem a poupar e a tornarem-se mais saudáveis optando pelo que é caseiro.